Cerca de 20% de toda a base de assinantes de TV Paga da América Latina têm acesso aos canais pagos de forma irregular. No Brasil, esse índice está próximo de atingir 10% do total da base e pode crescer ainda mais. Representantes de diversas empresas da cadeia do setor de TV por assinatura decidiram se unir para colocar em prática uma espécie de plano de guerra para tentar combater aquilo que mais lhes tira o sono: a pirataria.
Barato que sai caro
Segundo a Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), a pirataria cresce de maneira praticamente equivalente em todos os países latinos e até mesmo nos Estados Unidos e existe uma espécie de justificativa cultural que respalda a utilização de recursos irregulares: usuários julgam que o serviço é caro. ”Isso não procede mais se considerarmos que, há algum tempo, as operadoras vêm se esforçando para ganhar mercado e competindo entre si com pacotes de preços bem mais acessíveis. Fornecer algo de graça é inviável. E é desse ponto que o mercado informal se aproveita”, defende Antônio Salles, coordenador da comissão anti-pirataria da ABTA.
Gatos e conversores
Se no passado os “gatos” – as ligações irregulares dos cabos que levam o sinal dos canais pagos – eram o grande problema da indústria, agora, a grande pedra no sapato são os conversores digitais. Dotados de um software ligado a conversores originais, esses dispositivos conseguem captar o sinal de todo o pacote de determinada operadora e distribuí-lo na TV na qual é conectado. “Esse mercado ilegal também evolui e fica mais sofisticado. O que nos cabe, do nosso lado, é investir, também, em tecnologia para barrar essa proliferação”, finaliza Salles. (fonte: Meio&Mensagem)