Tecnologia a serviço dos motoristas

Quem nunca se viu diante da seguinte situação: você está em uma rodovia durante a noite e, de repente, se depara com um automóvel vindo na direção contrária e com a luz alta ligada, prejudicando consideravelmente sua capacidade de enxergar? Provavelmente, muitos motoristas já vivenciaram um incidente como esse ou tiveram a visão prejudicada ao volante em razão do sol estar muito forte. Pensando nisso, cientistas da Universidade de Reno, nos Estados Unidos, criaram um novo tipo de volante que promete ajudar condutores com a chamada cegueira temporária.

Volante inteligente

A ideia do volante foi inspirada nas nevascas, período em que – dependendo do ângulo do sol -, a neve pode refletir diretamente nos olhos e deixar o motorista temporariamente cego. Entretanto, de acordo com os pesquisadores, o volante pode ajudar em qualquer situação de cegueira repentina causada por uma forte e inesperada fonte de luz.

Em meio a tais acontecimentos, a primeira providência do condutor, por reflexo, é tirar o carro do trajeto que vinha sendo feito e, consequentemente, sair da pista. Em casos mais graves, o risco de atingir outros veículos provocando acidentes é grande, colocando a própria vida e a dos passageiros em risco.

Para evitar que casos como esse se repitam, os pesquisadores da universidade estadunidense, Eelke Folmer e Burkai Sucu, projetaram o mecanismo de identificação que, acoplado ao volante, emite uma vibração perceptível aos seres humanos e capaz de orientar o condutor. O sistema seria ativado toda vez que o carro saísse do seu percurso, evitando as viradas bruscas, e ainda por um sensor capaz de captar a iluminação excessiva projetada no para-brisa.

Funcionamento

A dupla de estudiosos pensou em tudo: o equipamento conta com GPS e câmeras para mapear o caminho a seguir (descobrindo, assim, a localização do veículo). Ao detectar que o motorista perdeu a direção, o sistema vibratório entra em ação. As vibrações são ajustadas para 275 hertz, frequência sensível à pele humana, e direcionadas. Por exemplo: se o carro se desviar para a esquerda, o lado direito da roda irá vibrar, e vice versa. “É muito fácil para o sistema antecipar ou detectar condições de iluminação intensas por meio dos sensores e ser ativado”, explica Folmer.

Testes

A tecnologia foi testada por 12 voluntários em um simulador e obteve razoável sucesso. Porém, muitos motoristas têm tendência a tirar as mãos de determinadas partes do volante programadas para vibrar. No momento, os cientistas se dedicam a aperfeiçoar ainda mais a nova tecnologia, permitindo que os volantes se adaptem a vários perfis de condução e possam vibrar em diferentes áreas.

Fonte: Bradesco seguros
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