Me divorciei: como ficam os seguros que contratamos?

Em caso de divórcio, como ficam os seguros que o casal contratou?

Seguro Auto

Mesmo que cada um possua o seu automóvel, e eles estejam segurados, toda mudança precisa ser comunicada à seguradora: endereço novo, quem agora estará conduzindo o carro e o perfil do novo condutor principal etc. Esses detalhes terão um efeito em seu prêmio de seguro. E lembre-se de remover da cobertura o cônjuge, pois isso o protege da responsabilidade possível no caso de um acidente. Ler mais

Divórcio: tem seguro?

No Brasil ainda, não. Mas nos Estados Unidos, sim. Não se trata de um certificado de garantia de que o casal viverá feliz para sempre até que a morte os separe. Longe disso, até porque sentimentos e relacionamentos amorosos não são eletrodomésticos que vêm com garantia contra defeitos de fabricação por um ano, podendo ser estendida por mais tempo. Este é um novo tipo de seguro de acidentes, disponível no mercado dos EUA, para quem está preocupado em integrar as estatísticas do número crescente de divórcios. A criação do produto é de uma seguradora norte-americana, da Carolina do Norte, a partir da experiência pessoal do seu proprietário, John A. Logan, que sofreu um tremendo rombo financeiro quando se separou de sua mulher. Vejamos como funciona.

O seguro divórcio tem a finalidade de indenizar as despesas de um divórcio com custas judiciais, honorários de advogado ou arrumar uma nova casa ou apartamento. O seguro custa US$ 15,99 por mês para cada US$ 1.250 de cobertura, o que corresponderia a uma unidade. A seguradora de Logan dá o seguinte exemplo: quem compra 10 unidades tem a cobertura inicial de US$ 12.500. Após o quarto ano de contratação contínua, a empresa acrescenta US$ 250 em cobertura para cada unidade, a cada ano. Para evitar que as pessoas contratem o seguro apenas às vésperas do divórcio, a seguradora fixou um prazo de quatro anos de carência para o resgate da cobertura contratada. Se quem fez o seguro comprou 10 unidades e divorciou-se depois de 10 anos teria pago US$ 19.188 e recebido indenização de US$ 27.500.

Esta quantia, evidentemente, não compensa o estresse de uma separação ou divórcio, dois dos eventos mais dolorosos que se pode passar na vida. Além do desgaste emocional, quem já viveu as experiências afirma: casar custa caro e separar, mais ainda. E quando o dinheiro entra em discussão, os riscos são maiores e poderia ser cômodo transferi-los para uma apólice de seguro. Atenta à possibilidade do agravamento dos riscos, como, por exemplo, pessoas com relacionamentos afetivos voláteis ou com histórico familiar de divórcios seguidos, a seguradora norte-americana adota uma política de avaliação de riscos e de cálculos atuariais.

Decidir pela contratação de um seguro divórcio antes do casamento ou na fase em que o casal vive o período de encantamento pode até gerar uma crise pré-matrimonial, movida pela instalação de um clima de desconfiança mútua, segundo especialistas no assunto. Para ajudar as pessoas a saberem se elas realmente precisam comprar o seguro, a empresa que lançou o produto nos EUA tem uma “Calculadora de custos do divórcio” e uma “Calculadora de probabilidade de divórcio” em seu site. A criatividade de Logan foi precedida por uma iniciativa inédita surgida na capital britânica, que ganhou espaço na mídia mundial, no fim de 2009. Um escritório de advogados, em Londres, lançou o “vale divórcio” como opção de presente de Natal. Por 125 libras (cerca de R$ 360,00, na época), a pessoa presenteada com o cupom tinha direito a uma consulta de meia hora com um advogado especializado em divórcios, noticiou a BBC. A novidade teria feito sucesso.

Fonte: Tudo Sobre Seguros