As queimaduras podem provocar lesões graves, deixar sequelas ou até mesmo matar. Somente entre janeiro e junho deste ano, mais de 2.800 crianças de até 12 anos de idade foram internadas no Sistema Único de Saúde (SUS) vítimas de queimaduras.
O coordenador nacional de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin, faz um alerta para os pais ficarem sempre atentos e, assim, evitar acidentes. “Nunca preparar alimento ou bebida quente com uma criança no braço ou no colo. Retirar totalmente do alcance das crianças substâncias inflamáveis. A chama, principalmente, ela é muito atrativa para a criança. Sempre afastar a criança desses produtos que estão sendo inflamados ou estão incandescentes. Além disso, cuidados com fogos de artifício. Além disso, existem pontos fundamentais na residência, que são fios e tomadas que nunca devem ser descobertos. Pode ter uma queimadura devido à descarga elétrica. Evitar aquecer demais a mamadeira e nunca deixar a criança sozinha no banho. E dentro da cozinha, não deixar cabos de panelas voltadas para a parte externa”, recomenda.
O coordenador também lembra que, em caso de queimaduras, é fundamental saber como prestar o melhor atendimento à vítima. “Não passar nenhum produto como pasta de dente, borra de café porque você pode causar uma infecção e terá que ter um outro processo dentro do serviço de saúde, que é retirar esse material da pele da criança. O primeiro momento é afastar e retirar a criança do contato com a causa da queimadura, entrar em contato com o serviço de urgência SAMU 192 ou encaminhar por uma porta de urgência, uma Unidade de Pronto-Atendimento ou um serviço de urgência para que se tenha o primeiro cuidado”, ressalta José Eduardo Fogolin.
A água fria só pode ser usada quando a área atingida não for extensa. Antes do atendimento médico, é indicado proteger a área queimada com um tecido que não cole na lesão.