É fundamental fazer uma lubrificação correta do carro, pois caso seja feita de maneira errada pode levar a uma pior performance do mesmo. Por esse motivo, é preciso ficar esperto sobre o assunto! Vejam algumas mentiras contadas sobre o óleo apresentadas pela Uol e pelo Márcio Kameda, engenheiro da Empresa Motrio:
- “Veículo muito rodado deve usar óleo grosso”
Carros de alta quilometragem devem manter as especificações recomendadas no manual. Óleo mais grosso pode comprometer as características de economia de combustível e de durabilidade do projeto original do veículo. Lubrificante de maior densidade também pode fazer o motor precisar de mais energia para se movimentar, elevando o consumo e forçando componentes internos.
- “Complete o óleo no posto”
A recomendação em relação ao nível do óleo é que ele seja verificado com o motor frio, estando totalmente depositado no cárter — olhar pela manhã, quando o veículo passou a noite inteira desligado e todo o lubrificante teve condição de escorrer para a parte de baixo do compartimento, é o ideal. Checar o nível com o motor quente é vacilo: como o óleo já subiu, sempre vai parecer que tem menos que a realidade. E vale destacar: excesso de lubrificante pode até danificar o conjunto.
- “Medir viscosidade do óleo com os dedos”
Ainda é comum ver frentista verificando o óleo no posto e colocar uma porção do produto nos dedos para avaliar se a viscosidade está boa. Só que não dá para avaliar a viscosidade dessa forma, mas sim por meio de aparelhos específicos, geralmente encontrados em laboratório. Em casos como esse, para garantir, siga estritamente os prazos e quilometragens indicados no manual, além da especificação recomendada pelo fabricante.
- “Óleo escuro é indicativo de que precisa trocar”
Óleo lubrificante escurecer é algo normal e, em muitos casos, acontece poucos quilômetros após a troca — o fenômeno ocorre por conta da combustão interna do motor e das altas temperaturas, mas isso não quer dizer que ele está queimado ou já perdeu suas propriedades originais. O que realmente conta, salienta o especialista Márcio Kameda, são os prazos e quilometragens estipulados pela montadora para a troca do produto.
- “Quilometragem é o único fator para troca”
Mesmo carros que rodam pouco e não tenham alcançado a quilometragem indicada para a troca devem ter o produto substituído caso o prazo (tempo) informado no manual já tenha expirado — vale sempre o que vencer primeiro. Isso acontece porque o óleo tem um período de validade, que varia de acordo com o modelo de veículo e/ou do lubrificante, pois suas características de proteção ao motor vão se perdendo por conta de contaminações e de oxidação naturais. Note que carros com uso severo, como o anda-e-para diário de congestionamentos urbanos, geralmente pedem a troca do óleo na metade do prazo original.
Fonte: Uol