Interação medicamentosa: entenda os riscos

Na próxima vez em que você estiver num consultório médico, ou em outro estabelecimento de saúde, e um profissional lhe perguntar se está fazendo uso de algum medicamento, procure responder o mais detalhadamente que puder. Não se esqueça de relatar o uso de chás, pomadas ou até mesmo aquele comprimido habitual para dor de cabeça. Essa é uma chance de tentar prever e prevenir um evento ao qual geralmente não se dá muita atenção, até que ocorra: a interação medicamentosa. Ela acontece quando os efeitos de um remédio são alterados pela presença de outro, bem como pela mistura com fitoterápicos (os chamados remédios naturais), alimentos, bebidas ou algum agente químico ambiental.

Embora não seja possível afirmar quais deles ocorreram por interação medicamentosa, em três circunstâncias específicas a possibilidade é muito extensa: pelo uso terapêutico errado, pela prescrição médica incorreta e por automedicação. Às vezes a pessoa está fazendo uso de determinado medicamento e não informa isso ao médico, durante a consulta. Em outras, o próprio médico desconhece o potencial de interação dos remédios. E há ainda os casos em que o paciente usa medicamentos que tem em casa, seguindo palpites de amigos ou parentes, sem ter noção se eles podem realmente ser misturados.

Profissionais de diferentes unidades da Fiocruz têm um relato em comum: um dos maiores geradores de interação medicamentosa é a prática da automedicação. O Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para Farmacêuticos (ICTQ) realizou uma pesquisa que revela este cenário: 76,4% da população brasileira fazem uso de medicamentos a partir da indicação de familiares, amigos, colegas e vizinhos. São pessoas que consomem qualquer tipo de remédio quando necessitam e dispõem, inclusive aumentando suas dosagens a fim de obter um efeito mais acelerado.

Fonte: Blog da Saúde /Ministério da Saúde

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