Idosos é o público que mais cresce nos planos

De acordo com a FenaSaúde, o público idoso é o que mais cresce na aquisição de planos.

Crescimento de Público Idoso cresce

A mudança no perfil do padrão de morbidade, que deixou de ter como causa doenças infectocontagiosas e agora passou a prevalecer doenças crônicas, fez com que o custo assistencial passasse a crescer à medida que a idade avança.
A presidente da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) ressalta que idosos não são expulsos dos planos de saúde, o sistema de saúde precisa se reorganizar quanto ao cuidado à prestação da assistência a esse público.

Nos últimos três anos, os beneficiários de planos de saúde que apresentaram maior crescimento foram aqueles que têm mais de 80 anos. Segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess), enquanto um paciente que tem menos de 18 anos custa ao ano para o plano R$ 1,5 mil, aquele que tem mais de 80 anos pode gerar gastos de R$ 9 mil.

“Devido ao fato das pessoas estarem vivendo mais e ao crescimento dos custos médico-hospitalares, os gastos com despesas assistenciais até o ano de 2030 deverá crescer até 157% passando de R$149 bilhões e atingindo a marca de R$ 383 bilhões”, destaca a executiva.

Enquanto o setor é de 24,5% dos brasileiros, entre os beneficiários com idade igual ou superior a 80 anos é de 36,3%; de 70 a 79 anos, 28,4%; e acima de 60 anos, 28,8%, em dezembro de 2017, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “A participação de beneficiários de planos de assistência médica com 60 anos ou mais de idade passou de 23,2% em dezembro de 2007, para 29,7% em dezembro de 2017, aumento de 6 pontos percentuais”, explica a presidente da FenaSaúde.

Em 2017, a “Pesquisa Longevidade: Idosos e Planos de Saúde”, realizada pelo Datafolha com 1.110 entrevistados a partir dos 60 anos nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, a pedido da FenaSaúde, mostrou que 70% dos idosos estão satisfeitos com seus planos. “Para ter ideia, o custo assistencial médio por beneficiário dos 54 aos 58 anos é de R$ 3.988,23, enquanto a partir dos 59 anos, sobe para R$ 8.036,35 – uma variação acima de 100%”, afirma Solange.

Levantamento da ANS mostrou que o custo assistencial de um idoso acima de 60 anos é muito superior ao de um jovem: ele custa 7,5 vezes mais no item “Exames complementares”, 5,7 vezes mais em “Terapias”, 6,7 vezes mais em “Outros atendimentos ambulatoriais”, 6,9 vezes mais nas “Internações”, e 7,7 vezes mais nas “Demais despesas assistenciais”.

Segundo a presidente da FenaSaúde, os jovens pagam até um custo mais alto do que sua faixa para reduzir o custo do idoso. É o que se chama pacto Intergeracional. “O fato é que os idosos estão aumentando a base de beneficiários de planos, enquanto os jovens estão saindo do sistema. Esse desequilíbrio só contribui para aumentar os custos, já que os idosos, geralmente, utilizam mais o serviço em razão da presença mais comum de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes”, acrescenta.

Enquanto a incidência de doenças crônicas é baixa na infância, a tendência é que seja muito alta na idade avançada. Hipertensão, por exemplo, aflige 03 em cada 100 jovens de 18 a 29 anos, e mais de 55 entre os maiores de 75 anos. Nos problemas de coluna e neoplasias, o quadro é semelhante.

“Resume esse fato da vida a prevalência de 10 em 100 jovens menores de 20 anos com uma doença crônica, e 98 entre maiores de 65 anos – sendo que desses mais de um terço tem três ou mais crônicas”, destaca Solange. Para ilustrar, ressalta que a sociedade norte-americana gastou, em 2016, US$ 220 bilhões, ou 6,8% do gasto anual com saúde, para o tratamento de 26 milhões de diabéticos (11,5% da população adulta).

Prevenção

Pesquisa realizada em 2017 com 690 empresas do país, que juntas empregam 1,7 milhão de colaboradores, mostrou que os investimentos das companhias em programas para melhorar a saúde e o bem-estar dos seus funcionários cresceram 21% no período de dois anos, de R$ 224,15 para R$ 271,21 por funcionário.

De acordo com o estudo, 38% das empresas ouvidas pretendiam aumentar seus investimentos em saúde e qualidade de vida nos dois anos seguintes; 21% realizam mapeamento de perfil de saúde e casos crônicos, das quais 73% fazem mapeamento anual; 17%, bianual; e 10%, semestral. Em relação a atividades físicas, 56% das empresas têm convênio com academias; 46% possuem grupos de corrida; 31%, planos de atividade física; 23% oferecem academia dentro da companhia; e 20% dão subsídio para academia. Além disso, 41% das empresas promovem alguma ação voltada para a saúde emocional dos funcionários.

Fonte: https://bit.ly/2x0vk8m

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