Carros totalmente autônomos ou sem motorista (driverless cars) serão realidade muito mais cedo do que se pensa. Segundo o Information Insurance Institute, espera-se que veículos desse tipo estejam em circulação em todo o mundo por volta de 2030 e que até 2050 quase todos os carros em uso dispensem o motorista.
O impacto dessas novas tecnologias sobre o mercado de seguros de automóvel pode ser significativo. Algumas seguradoras norte-americanas têm alertado seus acionistas para ao fato de que as previsões de médio e longo prazo sobre volume de negócios, preços e lucros podem ser falhas na medida em que a demanda por seguro será grandemente afetada pelos carros autônomos.
E não apenas as seguradoras. Firmas de autopeças também se preocupam com o impacto sobre o setor da menor necessidade de reparos devido ao menor numero de acidentes. No mercado de seguros, uma questão em aberto envolve a cobertura de responsabilidade civil que, permanecendo certamente necessária, terá de mudar o foco para o fabricante, o fornecedor, o responsável pelo software e, possivelmente, o município em que ocorreu o acidente.
Estes agentes serões chamados a assumir responsabilidades pelo que deu errado já que o motorista, por definição, deixou de ser o elemento ativo na direção do carro. Entretanto, as coberturas de danos por colisão, de danos causados por fatores naturais (raio, vento, inundações etc.) bem como a de roubo provavelmente mudarão menos e podem até se tornar mais baratas se os custos mais elevados de reparo ou substituição de peças forem compensados pela frequência mais baixa de sinistros. O processo de subscrição também deve mudar. Muitos dos critérios tradicionais – como a quantidade de acidentes do segurado no passado, as distâncias que ele espera percorrer, os bairros onde mora e trabalha e o tipo de estacionamento – continuarão em vigor, mas a marca, o modelo e o ano do carro podem assumir importância maior.
Os carros sem motorista podem contribuir para diminuição no volume de acidentes de trânsito e possibilitar ganhos, não só com redução do número de acidentes, mas também com economia de combustível, maior produtividade das pessoas nos veículos, além de menores engarrafamentos.
Fonte: Tudo Sobre Seguros