Acne em adultos: alterações hormonais ou pele oleosa

O surgimento de acnes é comum durante o período da puberdade, vai diminuindo e tende a desaparecer por volta dos 26 anos.

Mas o que fazer quando o problema persiste na vida adulta? A queixa é mais comum entre mulheres e acomete principalmente pessoas com a pele oleosa. O tratamento correto para esta fase da vida é bem diferente daquele realizado na adolescência. O ideal é investigar a causa do problema e como ele pode ser controlado.

É comum as pessoas se queixarem que as acnes aparecem em momentos de estresse ou ansiedade. Na verdade, isso acontece em pessoas que já tem a oleosidade da pele mais alta e, ao passar por momentos de tensão, ela produz uma quantidade excessiva de secreção.
Culpar a alimentação ou comidas como o chocolate não é correto, segundo o especialista. O melhor é ter prudência nas escolhas. “Não se tem nada estabelecido. Não é proibido comer nada, desde que haja equilíbrio em tudo que se coma. Se a pessoa ao ingerir determinado produto notar que a acne piorou, seria prudente evitar consumi-lo, ou comer em doses menores”, salienta.

O tratamento, portanto, depende da ligação da acne ou não com fatores hormonais. “No caso de acne por alterações hormonais, a medicação de eleição é a isotretinoina, prescrita após uma série de exames como hemograma completo, hepatograma, colesterol e o teste de gravidez, no caso de mulheres. Muitos pacientes questionam se existe a possibilidade da acne voltar quando cessarem o uso do medicamento, mas esse é um fator que não dá para prever”, avisa o dermatologista.

No caso de pacientes com a pele oleosa, o dermatologista pode ainda prescrever o uso de produtos tópicos, como sabonetes utilizados para a secagem da oleosidade do rosto. Eles servem ainda como auxiliares no tratamento medicamentoso. “É importante também cuidar da higiene da pele. A mulher pode usar maquiagem para disfarçar o problema, desde que ela não seja oleosa. E o homem com acne, se deixar a barba crescer, não corre o risco de piorar o problema, mas vai dificultar o tratamento”, aconselha Paulo Cotrim.

Fonte: Blog da Saúde (Fabiana Conte/Comunicação Interna do Ministério da Saúde)

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