Um grupo de australianos mostrou em um estudo que se uma pessoa tiver dormido mal ela não deveria dirigir, assim como consumir álcool.
Uma pesquisa de 2021 apontou que entre 10% e 20% dos acidentes de trânsito eram causados, ao menos em parte, pelo cansaço.
De acordo com o estudo publicado na revista Nature and Science of Sleep, dormir por menos de 4 ou 5 horas nas últimas 24 horas anteriores praticamente dobra o risco de um acidente. O risco se torna o mesmo observado em motoristas com 0,05% de álcool no sangue.
Foram sintetizaados 61 estudos para chegar à conclusão: dirigir com menos de cinco horas de sono é tão perigoso quanto dirigir bêbado. Além disso, o risco de acidente aumenta significativamente com cada hora de sono perdida na noite anterior. Alguns estudos sugerem que, quando o motorista havia dormido de zero a quatro horas na noite anterior, ele era 15 vezes mais suscetível a uma batida.
A questão é que seria difícil controlar o nível de sono dos motoristas. Por exemplo, não existe um “teste de bafômetro” que avalie a fadiga, o quanto você dormiu ou quão cansado está. No Brasil, não há uma especificação sobre o sono; mas, segundo o art. 169 do CTB, dirigir sem atenção ou cuidados indispensáveis à segurança caracteriza uma infração leve.